Ponte da Barca


Ponte da Barca, o coração palpitante do Alto Minho recebe os betetistas do Desafio Serra Amarela, Ponte da Barca 2013

Ponte da Barca, o coração palpitante do Alto Minho, é um concelho moldado por paisagens de uma rara beleza natural e marcado por um património histórico e cultural notáveis.



                Pois, Ponte da Barca, o pulmão do Parque Natural Peneda Gerês – declarado Reserva da Biosfera pela UNESCO – oferece paisagens de total deslumbramento, cruzando montes e vales, rios, riachos, cascatas e campos lavrados por um povo que sempre soube valorizar e modelar a natureza com estimação e parcimónia, respeitando tradições, usos e costumes ancestrais, um povo que soube, ao longo dos séculos, encontrar formas de organização política, económica e social únicas e de grande relevo antropológico e histórico.

De facto, este paraíso á beira Lima criado, habitado pelos Celtas, adorado pelos Romanos, apelidado de Terra da Nóbrega, aparece, desde logo, nas Inquirições de 1220, adquire o seu topónimo devido à barca que ligava as duas margens do rio Lima e à ponte – verdadeiro ex libris arquitetónico da vila - que, em meados do século XV a substituiu.

Ponte da Barca viu nascer muitos filhos ilustres como D. Teresa Taveira – mãe de Santo António - na casa do Paço, em Lavradas ou, em Paço Vedro de Magalhães, Fernão de Magalhães – o navegador que uniu o mundo, abrindo as portas à globalização.

E foi precisamente em plena expansão marítima, que Ponte da Barca, que esta Terra da Nóbrega, adquire o estatuto de vila de Ponte da Barca, com a atribuição do foral de D. Manuel, em 24 de outubro de 1513.

Ponte da Barca encontra-se, assim, em plena celebração dos seus 500 anos, festejando esta efeméride com a dignidade e alegria características do povo minhoto, mas também com a seriedade de um povo que pretende oferecer, a quem o visita, a riqueza e cor da sua cultura, a sua variedade antropológica e notoriedade da sua história, fomentando o turismo e consequentemente, promovendo o desenvolvimento económico e social de uma terra de mil encantos e cuja beleza inspirou os seus poetas, em particular os irmãos Diogo Bernardes - o poeta que nas palavras de P. António Pereira de Figueiredo ocupa “o outavo logar entre os clássicos da língua, colocando-o immediato a Camões” - e Frei Agostinho da Cruz, o Príncipe dos poetas místicos, ou ainda mais recentemente, Manuel Parada, que imortalizou a vila de Ponte da Barca com a “senhora, nobre hospitaleira, [que] tem sobre si o sol dourado quando à tarde se penteia e se meneia para o Lima, seu namorado”.

Ponte da Barca presenteia também todos quantos a visitem com cartaz cultural riquíssimo, onde as artes, as festas e as romarias se cruzam e se casam a um ritmo constante, dando cor e vida a tão pitoresca vila e concelho. Entre elas, destacam-se o entrudo, em Lindoso, com o Enterro do Pai Velho, a encenação de várias peças de teatro, por associações locais, como a Mui Dolorosa Paixão de Cristo, que enobrece a Semana Santa, os festivais musicais, como o Festival Folk Celta Ponte da Barca – que, neste ano, se realizará entre os dias 26, 27 e 28 de julho -, as romarias como a de Nossa Senhora de Fátima, em entre Ambos-os-Rios, ou de Santa Rita e sobretudo a romaria de São Bartolomeu – que tem início, neste ano, a 18 de agosto com a prova de BTT, Desafio Serra Amarela, Ponte da Barca 2013, e termina na madrugada do dia 25. A festa de São Bartolomeu constitui, efectivamente, o apogeu das festividades do concelho, congregando todas as freguesias numa das mais genuínas festas minhotas. Esta festa junta a tradição e a atualidade, o profano e a religiosidade, numa manifestação de alegria e espontaneidade ímpares. Exemplo disso são o cortejo etnográfico do dia 23, são os cantares e as concertinas que se juntam ao rodopiar das saias e faixas dos dançarinos do folclore tradicional, nessa mesma noite, nas rusgas populares, os vários concertos musicais, no dia 24, a Procissão Solene em honra de São Bartolomeu.

Ponte da Barca é, sem dúvida, sendo uma nobre filha do Minho, é uma genuína, verdadeira, e acolhedora anfitriã cujo coração está sempre aberto a quem a visita.

Venha a Ponte da Barca e sinta o palpitar do coração do Alto Minho!

       E participe no Desafio Serra Amarela, Ponte da Barca 2013!






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